Na segunda-feira (04), a programação do cinema Apolo, depois da mostra dos curtas que inicia às 14h, haverá às 16h o média metragem Memórias Finais da República de Fardas, do diretor Gabriel F. Marinho. O filme aborda, 25 anos depois da maior campanha cívica que o Brasil já presenciou, as percepções e versões dos habitantes do Distrito Federal, que lutavam por eleições diretas. Há depoimentos de alguns militares, entre eles o general Newton Cruz. As noite serão sempre dos longas.
Às 18h, o longa documentário L.A.P.A , de Cavi Borges e Emílio Domingues, mostra o universo do hip hop e o cotidiano de quem busca sobreviver de música no Brasil, tudo ambientado no tradicional bairro da Lapa carioca. Encerrando a primeira noite do Panorama, A Máquina da Morte Khmer Vermelho, filme francês do diretor Rithy Pahn, que mostra o regime de Khmer Vermelho, entre 1974 e 1979, onde cerca de 20 mil pessoas são aprisionadas, interrogadas, torturadas e executadas no centro de detenção S21, no coração de Phonom Penh.
O segundo dia do Panorama, além da exibição dos curtas que iniciam às 14h, terá às 16h uma mostra especial sobre o 10 anos da produtora Página 21. Após a exibição da mostra haverá um debate com a participação dos cineastas Amaro Filho e Fernando Spencer. Após, às 18h, o longa Geração 65: Aquela Coisa Toda, da pernambucana Luci Alcântara, segue na segunda noite do festival com seu filme que conta a trajetória do movimento literário pernambucano, valorizando a palavra e suas possibilidades poéticas. Às 20h, o francês Cuba, uma Odisséia Africana, do diretor Jihan El Tahri encerra a noite, com a temática da Guerra Fria no seu cenário mais desconhecido: a África.
A quarta-feira (6), terá atenção maior à produção local. Após exibição dos curtas, que começa às 14h, haverá a mostra universitária Foco Local. Na programação, documentários universitários de alunos do curso de jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco, sob a orientação dos professores Alexandre Figuerôa e Cláudio Bezerra. São eles: Malunguinho: O Guerreiro de Catucá, O Rei da Jurema, dos alunos Luis Otávio, Diego Mendes e João Batista Junior; Gagueira Não Tem Graça. Tem Tratamento, dos alunos Maurício Júnior e Patrícia Barros; A Ciência dos Encantados, das alunas Joanna Mendonça, Roberta Pena e Talita Corrêa.
Roda de Fogo - Cidade Encantada, de Bruna Borges, Catarina de Angola e Nara Pinilla. Após a exibição dos filmes haverá debate com a presença dos professores orientadores e alunos responsáveis pelos projetos.
Na seqüência, às 18h, o longa do pernambucano Léo Falcão, Guia Prático, Histórico e Sentimental da Cidade do Recife. O filme se inspira na obra homônima de Gilberto Freyre – o primeiro guia de uma cidade brasileira, publicada em 1934. Vários personagens ligados à cidade participam do filme, através de depoimentos e leituras de trechos do texto original da obra. Para encerrar a noite, o filme francês Yves Saint Laurent – O Tempo Redescoberto (Yves Saint Laurent, le Temps Retrouvé) do diretor, David Teboul. Em uma longa entrevista, Yves Saint Laurent comenta grandes momentos de sua infância, de sua adolescência, de sua brilhante carreira e os encontros que marcaram sua vida.
A quinta-feira (7) do Panorama terá o especial Chris Marker, diretor francês, às 16h, após mostra dos curtas que inicia às 14h. O filme O Fundo do Ar é Vermelho – As mãos Frágeis, em preto & branco, aborda as esperanças e as decepções suscitadas pelos movimentos revolucionários de 68 no mundo inteiro. Desde o regime chinês ao cubano, passando pela Primavera de Praga até os movimentos estudantis e operários franceses. Na seqüência, o longa Bendita sois, voz, com direção de Wilson Freire, mostra a voz da mulher sertaneja através dos cantos benditos. O Bendito é uma das mais antigas manifestações de religiosidade popular da era cristã e que ainda persiste em algumas comunidades, principalmente interioranas e rurais do nordeste brasileiro. Às 20h, Saudade do Futuro, de César Paes e Marie-Clémence, encerrando a noite. O filme mostra músicos do nordeste que cantam seus desejos de ir para São Paulo. A cacofonia urbana se mistura à música e os repentes, antecessores do Rap, contam a metrópole com humor e em rimas.
O último dia do festival terá, após exibição dos curtas, às 14h, a continuação do especial Chris Marker, agora com O Fundo do Ar é Vermelho – As Mãos Cortadas. Em seguida, às 18h, O Milagre de Santa Luzia, de Sérgio Roizenblit, mostra uma viagem por todo Brasil através da musicalidade da sanfona, através de uma pergunta: “De onde vem o nome rei do baião Luiz Gonzaga?”. Às 20h, Zeitgeist Addendum, segunda parte da trilogia do diretor Peter Joseph, que critica as origens da fé cristã e do poder do sistema monetário internacional, relacionando os dois temas como propulsores de guerras e conflitos em todo o mundo.
Fonte: Boletim Diário da Prefeitura do Recife.
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