O último dia do carnaval 2011 foi bem intenso. Dei início aos trabalhos da terça-feira em Olinda no Encontro dos Bonecos Gigantes, em frente à Igreja do Guadalupe; depois comecei o sobe e desce ladeira atrás das orquestras, troças, blocos e tudo que anima e torna único o carnaval olindense.
Já de noite, fui para o Recife Antigo e lá, novamente, como na segunda-feira, me deparei com essa história de Carnaval Multicultural do Recife, que te deixa em uma situação de não saber pra onde ir. É tanta coisa boa acontecendo ao mesmo tempo, que, para curtir tudo, tinha que ser no mínimo 1 mês de carnaval. Acabei me dividindo entre RecBeat e Pátio de São Pedro.
Cheguei cedo ao RecBeat para assistir ao show da Frevo Diabo, primeira orquestra brasileira, fora de Pernambuco, dedicada exclusivamente ao ritmo. Uma apresentação que trouxe um repertório com ótimas composições próprias e versões de clássicos de Levino Ferreira, Capiba, Chico Buarque e Edu Lobo. O público que chegou cedo frevou bastante no show curtinho do grupo carioca, que teve sua formação através do vocalista pernambucano.
Quando acabou Frevo Diabo, resolvi sacar o Pátio de São Pedro e quase que não saía mais de lá. Uma seqüências de shows incríveis que só um carnaval como o de Pernambuco pode proporcionar. Junio Barreto fez uma apresentação lindíssima com músicas do seu primeiro disco, além de novidades que estarão no próximo álbum, produzido por Pupilo, da Nação Zumbi. Para abrilhantar ainda mais a noite, Junio Barreto recebeu a participação especialíssima da cantora Céu, que levantou o Pátio de São Pedro (não lembro qual foi a música que ela cantou), além do pianista Vitor Araújo, na música “A mesma Rosa Amarela”.
Em seguida foi a vez da Academia da Berlinda subir ao palco. Mesmo com a ausência de Ureia, que estava no show da Eddie no Fortim em Olinda, além de alguns problemas no som do Pátio, os olindenses colocaram todo mundo pra bailar sem medo de ser feliz. No repertório, canções autorais do primeiro disco e do mais recente, "Olindance", lançado no começo desse ano, além de sucessos de Reginaldo Rossi e alguns frevos.
B. Negão era a atração mais esperada da noite e não decepcionou ninguém. Fez um show apoteótico, digno de uma terça-feira de carnaval, onde todo mundo se divertiu intensamente sem se preocupar com o amanhã. Destaque, óbvio, para a participação ilustre de Gerson King Combo (foto), que hipnotizou o público e fez dessa noite um momento histórico. Depois desse show, eu já poderia ir pra casa e sairia satisfeito com o carnaval, mas, como todo bom pernambucano que espera um ano para cair na folia, ainda fui para o RecBeat assistir ao show da banda gaúcha Comunidade Nin-Jitsu, que levantou a Rua Madre de Deus com sua mistura de rock e funk. Uma apresentação boa, mas que não chega a entrar como os melhores shows de encerramento do Festival.
Um comentário:
Eu quero seguir seu blog no Google Reader, mas vocês precisa colocar RSS. Vê como é isso aí! Beijos Nathi
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