domingo, 26 de setembro de 2010

Cobertura No Ar Coquetel Molotov - 2º noite

A segunda noite do No Ar Coquetel Molotov continuou com tudo e garantiu o acerto na escalação das atrações deste ano. A programação do último dia de festival conseguiu levar também ao teatro da UFPE outro público, além dos que sempre marcaram presença, os fãs da Dinosaur Jr. e dos amantes de hip hop, que foram para assistir à apresentação de Emicida.

Quem abriu as atividades da Sala Cine foi o trio pernambucano Wassab, formado por Gilsinho, Juliano Holanda e Hugo Lins. O grupo instrumental recepcionou muito bem o pequeno público que chegou cedo para assisti-los, com sua musicalidade que passa por elementos do regionalismo e do contemporâneo, composto de arranjos muito bem construídos. A noite não poderia começar melhor. Em seguida, o trio paraibano, também instrumental, Ubella Preta tratou de manter o nível da programação com uma sonoridade experimental muito bem executada pelos músicos David Neves (Controller, PC, Guitarra) Felipe Nicolau (Baixo e pedais) e CH Malves (Bateria e Samplers).

A primeira atração da Invasão Sueca da segunda noite foi a cantora e pianista de voz encantadora  Anna Von Hausswolff. A sueca mostrou suas belas canções em uma apresentação intimista,  que deixou o público bem concentrado. Acompanhada de um guitarrista e um baterista, a cantora mostrou lindas melodias de piano e brincou com os timbres de sua voz expressiva.

A banda carioca Do Amor ficou responsável por encerrar as apresentações da Sala Cine desta edição. O grupo é formado por músicos conhecidos no cenário nacional, por já terem tocado juntos com artistas renomados, como Caetano Veloso. No palco, Gustavo Benjão, Gabriel Bubu, Marcelo Callado e Ricardo Dias Gomes apresentaram musicalidade envolvente e swingada, colocando o público para balançar.

Abrindo a programação do Teatro, A Banda de Joseph Tourton, que teve sua estreia dois anos atrás no palco da Sala Cine. De lá pra cá muita coisa mudou. Os meninos ficaram mais maduros musicalmente, passaram por palcos importantes do Brasil, acabaram de lançar o primeiro disco da carreira e se tornaram uma das bandas mais relevantes da nova cena pernambucana. O show marcou o lançamento do álbum de estreia, que teve a direção de Felipe S. e Marcelo Machado (ambos da Mombojó). No palco, o quarteto superou todas as expectativas e mostrou o porquê de todo merecimento dos frutos colhidos. Uma instrumentalidade de causar sensações inexplicáveis com as harmonias construídas em cima de ótimos arranjos e bonitas melodias de escaleta e flauta. A apresentação contou ainda com as participações do pianista Vitor Araújo, que também participa do disco, o percussionista Homero Basílio e o trompetista Luyde Lemos, que já acompanha o grupo nas apresentações há um tempo e também  estava no show de estreia, no Molotov 2008.

A Taken By Trees, projeto solo de Victoria Bergsman, uma das fundadoras do The Concretes, encerrou a Invasão Sueca desta edição com seu pop bom aos ouvidos  e muito agradável de assistir. A apresentação contou com um videoclipe de imagens bem interessantes, que foi exibido antes da banda entrar no palco.

Mad Professor fez uma pequena participação na programação do Festival. Acompanhado por Joe Ariwa, revelação da cena reggaeira de Londres, Professor animou os presentes com sua sonoridade eletrônica dub, deixando o teatro bonito de se ver. Quando menos se esperava, a apresentação já tinha acabado.
Em seguida veio o paulista Emicida, que se sentiu em casa e mandou seus versos para os fãs de hip hop que foram ao festival só para vê-lo. No repertório, canções autorais do disco “Pra Quem Já Mordeu Um Cachorro Por Comida, Até Que Eu Cheguei Longe…” e clássicos como a música "Eu só quero é ser feliz". O público poderia ter interagido mais com o rapper e tornado a apresentação ainda melhor.

A última atração da 7º edição do No Ar Coquetel Molotov 2010  foi o trio americano dos anos 80 Dinosaur Jr. (foto), que uniu várias gerações roqueiras no mesmo espaço. O teatro nem tava tão lotado, mas todos estavam muito a fim de ouvi-los e bater cabeça. No palco, muito peso dos riffs de guitarra, distorções e barulho, tudo muito bem amplificado. O público ficou tão empolgado com a performance do grupo que teve até mosh em pleno teatro e tentativa de roda de pogo. Um encerramento digno da edição 2010 do No Ar Coquetel Molotov.

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